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Lançamento: 03/11/2009.
Desenvolvedor: Konami.
Distribuidor: Konami.
Plataforma: PC, PS2, PS3, PSP, Wii e X360.
ESRB: Everyone.
Todo fim de ano chega a hora de pega-pra-capar no clássico FIFA x PES. Assim como no mundo da bola, os dois games têm seus torcedores que ficam esperando o momento certo para gritar gol. Enquanto isso, nós jornalistas ficamos com a dura tarefa de mostrar para a nação da pelota qual dos jogos é melhor nisso ou naquilo. Como tem gente que prefere acompanhar na voz de Sílvio Luiz e outros com os berros de Galvão Bueno.
Pro Evoluiton Soccer tem um bom início de partida, com menus bem organizados que deixam bem claro para que servem. A boa notícia é que dessa vez a Konami fez um chapéu na Electronic Arts ao abocanhar a copa da UEFA, tendo todos os times europeus com a escalação mais recente e endossada com o contrato que vai durar mais alguns anos. Toda a estrutura do campeonato foi transferida ara o disco sem faltar nada. Milan tem Ronaldinho e Pato. Porto vai de Maicon e Miguel Lopes. Real Madrid tem Cristiano Ronaldo e Kaká. Alguns, claro, podem estar com as estatísticas mais elevadas do que outros, mas os torcedores não têm mais do que reclamar. Não vão mais ter que jogar com o North London: agora é Arsenal mesmo. Outros times reconhecidos no mundo (ou não) também estão presentes, como o o Internacional de Porto Alegre (e é o único do nosso país representado oficialmente) ou o argentino Boca Júniors. Os torcedores de carteirinha podem usar sua criatividade e paciência para montar seu time do coração do jeito que achar melhor.
Visualmente o jogo mantém o mesmo padrão da versão do ano passado, tendo um ou outro detalhe melhorado, mas ainda assim longe do potencial máximo dos consoles. Ver o jovem Alexandre Pato parecendo um cara de uns 30 anos não é normal. Só a feiúra do Ronaldinho que não tem como disfarçar – afinal não tem muito que melhorar naquela cara, não é? Os gramados estão bem melhores do que era no ano passado. Agora você não corre em cima de um enorme borrão verde, a grama está bem convincente, mas ainda não faz um trabalho de primeira linha.
Os replays das jogadas também estão muito mais bem definidos, perderam as tremidas causadas pela queda de frame rate e estão fluídos. Enfim, em todos os aspectos gráficos o jogo está melhor que o apresentado no ano passado. O mesmo acontece com os controles que também estavam fora de forma e que agora recuperaram o fôlego.
Drible da vaca
O controle de bola se mantém como sempre foi na série, ou seja, se parece muito mais futebol europeu, sem aquela ginga que estamos acostumados a ver nas noites de quarta-feira. Mas isso não significa que não dê para fazer dribles fantásticos, só que você terá que fazer uma sequência de botões para realizá-los. Isso não é um problema para quem sempre jogou a série, mas os fãs de FIFA vão se sentir desconfortáveis de ter que apertar um botão no lugar de fazer movimentos na alavanca analógica.
É fora dos gramados que estão os melhores detalhes de PES 2010. Os menus para organização do time continuam como sempre foi: organizado e intuitivo. Porém este ano temos um sistema para ajudar quem não é muito ligado no futebol. Dá para programar substituições automáticas, alterações de formação e como reagir quando o time está com um jogador a menos. Sem falar que é possível criar alterações de estratégia do jogo em dois passos simples. Assim você pode combinar a estratégia de contra-atacar mandando todos os jogadores para frente. O mesmo pode ser feito com a linha de impedimento e ao mesmo tempo armar o time para defender pelo meio. As opções são bem variadas e com certeza está bem melhor para quem nunca colocou a mão no game.
Já no Become A Legend muitas mudanças também foram feitas, porém nenhuma delas conseguiu resolver o problema que persiste em existir desde que foi criado. Agora seu jogador pode até começar a jogar em um time grande – no ano passado era obrigatório começar com um time de base –, mas o problema é que o game não dá uma ajuda, não explica como está o desenvolvimento de seu atleta durante a partida. Não dá para saber se ele está se cansando muito rápido, se ele está se posicionando como o treinador quer e outros indicadores que estão presentes no modo que o inspirou, o Be a Pro de FIFA.
Fazer parte das jogadas também é uma questão de sorte, os seus aliados demoram para passar a bola ou, quando o fazem é justamente no momento que o seu jogador está cercado por todos os lados. Não existe um botão para pedir a bola ou ajuda na marcação. No geral a idéia desse modo é legal. Ver como um Zé ninguém pode virar um candidato ao troféu de chuteira de ouro, porém existem diversas coisas que este modo ainda tem que melhorar na próxima versão.
No final do segundo tempo, a impressão que Pro Evolution Soccer 2010 parece com o Ronaldo do Corinthians – acima do peso e ainda jogando um bolão. Falta a equipe de desenvolvimento perder essa mania de manter o mesmo esquema desde 2001. Oito anos se passaram e agora não é mais FIFA que está correndo atrás do prejuízo. O game está mesmo muito melhor do antes, mas ainda não está fazendo o gol de placa que era esperado.
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